Dedicado ao irmão e compositor Adriano Lawrence,
que aos 18 anos teve sua vida arrebatada em um atropelamento.
SINO MUDO.
Tão pequenino recanto...
Pula, revira no ar.
Com tanta ternura e encanto
O sino daquele lugar
Dia, noite, madrugada,
Está sempre a repicar.
Trazendo lindas toadas.
Ao povo daquele lugar.
Toda alma que o escuta,
Queda-se; Faz se calar.
Sino que faz frente às lutas,
Do povo daquele lugar.
É amado! Não! Não o sabe,
Nem mesmo chegou a pensar
Que um dia, não muito tarde,
Não mesclaria àquele lugar.
Tais dias, bem pouco tardaram...
Súbitas, sem esperar,
Mãos rijas o amortalharam,
Como uma pluma no ar.
E hoje...
Hoje não há quem sorria.
Chorando recordam de tudo.
Tudo?...Tudo é o bem que fazia,
Hoje o sino está mudo.
Alexandre Leão.
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